ANTONIO PEREIRA DANTAS - TONHECA DANTAS
TONHECA DANTAS, PATRONO DA CADEIRA 33 DA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS, QUE TEVE COMO PRIMEIRO OCUPANTE O SAUDOSO OSWALDO DE SOUZA E COMO ATUAL OCUPANTE O ACADÊMICO HYPÉRIDES LAMARTINE
O soldado Músico da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte - ANTONIO PEREIRA DANTAS – “Tonheca Dantas’, natural de Carnaúbas dos Dantas-RN, nascido a 18 de junho de 1840. O musico regente Tonheca Dantas ganhou projeção nacional pelo seu talento.
Em 1898, Tonheca Dantas foi morar em Natal, onde fez teste para a banda da Polícia Militar, passando imediatamente a ser regente. Em 1903 migra para Belém do Pará. Lá, foi contratado como músico da Banda do Corpo de Bombeiros, uma das mais famosas do País na época.
De volta ao Nordeste em 1908, esse regente, que era totalmente audidata e tinha o clarinete como seu instrumento preferido, trabalhou em Alagoa Grande e Alagoa Nova, ambas no Estado da Paraíba. Depois foi para Santana do Matos, também ensinar e reger bandas. Em 1920, trabalhou na banda da Polícia Militar, em João Pessoa-PB. Em 1932, Tonheca volta para Natal, aonde vai até a sua morte, a 7 de fevereiro de 1940, que se deu, ironicamente, num sábado de carnaval.
Trabalhou em várias cidades do Brasil, sempre regendo bandas de músicas. Daquelas que ainda faziam apresentações em coretos de pracinhas, nas tardes de domingo, em que todo mundo ia assistir. Tonheca Dantas como era mais conhecido, foi um potiguar que muito deu orgulho ao seu povo. Só que a maioria tem memória curta. E aos poucos ele foi sendo esquecido, seu valor como mestre na música foi-se anunciando, empoeirando e ficando apenas guardado em arquivos dos lugares onde trabalhou.
Em 1998 o professor historiador da UFRN, Cláudio Galvão, escreveu o livro a desfolhar saudades – UMA Biografia de Tonheca Dantas.
Alguns fatos pitorescos da vida desse músico são relatados no livro de Cláudio. Sua pesquisa para escrever o livro durou cerca de 3 anos. Os filhos ainda vivos de Tonheca Antonia Dantas da Silva e Antonio Pedro Dantas Filho, muito contribuíram com suas memórias para a execução desse trabalho. O escritor também precisou viajar para Belém do Pará; onde recolheu material para suas pesquisas.
O livro fala de alguns detalhes interessantes sobre o reconhecimento do trabalho de Tonheca. É o caso das vasinhas e marchinhas compostas por Tonheca Dantas, as quais foram ouvidas por muita gente direto da BBC de Londres durante a Segunda Guerra Mundial. A valsinha mais conhecida do maestro é ROYAL CINEMA, composta em 1913, para ser tocada durante as sessões cinematográficas no Cinema Royal, em São Paulo. Essa valsinha foi editada pela Casa Bevilacqua, no Rio de Janeiro e está disponível para músicos e pesquisadores da música brasileira.
É um verdadeiro clássico da música nacional, tocada em bailes, saraus, solenidades ou em qualquer outro lugar onde fosse possível colocar uma bandinha de música e um regente inspirado da época de ouro da música potiguar. Embora poucos conheçam atualmente os acordes da valsa famosa, ela sempre despertará a emoção dos que a escutam hoje em dia em algum concerto, seja em que sala for
Tonheca Dantas faleceu com 100 anos, no 7 de fevereiro de 1940, doente e como um simples soldado da gloriosa e amada Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
ATENÇÃO:
ResponderExcluirAntonio PEREIRA Dantas NUNCA FOI E NEM É O PATRONO da cadeira n° 33 da ANRL. O verdadeiro patrono tem o nome um pouquinho diferente;
Confesso que já li muito a respeito do músico TONHECA DANTAS, mas nunca tinha ouvido falar que ele MORREU AOS 100 ANOS DE IDADE.